A política externa de Moçambique guia-se pelos princípios fundamentais consagrados na Constituição da República, conforme os Artigos 17 a 22 da mesma. Assim sendo, a politica externa pauta-se pelos seguintes princípios:
- Estabelecimento de relações de amizade e cooperação com outros Estados na base dos princípios de respeito mútuo pela soberania e integridade territorial, igualdade, não interferência nos assuntos internos e reciprocidade de benefícios.
- Observância e aplicação dos princípios da Carta da Organização das Nações Unidas e da Carta da União Africana.
- Solidariedade para com a luta dos povos e Estados africanos, pela unidade, liberdade, dignidade e direito ao progresso económico e social.
- Busca e o reforço das relações com países empenhados na consolidação da independência nacional, da democracia e na recuperação do uso e controlo das riquezas naturais a favor dos respectivos povos.
- Luta pela instauração de uma ordem económica justa e equitativa nas relações internacionais.
- Apoio e solidariedade com a luta dos povos pela libertação nacional e pela democracia.
- Concessão de asilo aos estrangeiros perseguidos em razão da sua luta pela libertação nacional, pela democracia, pela paz e pela defesa dos direitos humanos.
- Manutenção de laços especiais de amizade e cooperação com os países da região, com os países de língua oficial portuguesa e com os países de acolhimento de emigrantes moçambicanos.
- Prosseguimento de uma política de paz, só recorrendo à força em caso de legítima defesa.
- Defesa e primazia da solução negociada dos conflitos.
- Defesa do princípio do desarmamento geral e universal de todos os Estados.
- Contribuição para a transformação do Oceano Índico em zona desnuclearizada e de paz.
Em consonância com estes princípios, o Governo prossegue com a materialização dos seus objectivos plasmados no Programa Quinquenal para a vertente externa, cuja linha de orientação é a luta contra a pobreza e a promoção do desenvolvimento económico. Neste contexto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação apresenta-se como a instituição que assegura a implementação da política externa, sob a liderança do Chefe de Estado.