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Moçambique eleito membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações UnidasMoçambique eleito membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações UnidasMoçambique foi eleito, por unanimidade, membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biénio 2023-2024. A escolha, por 192 votos de todos participantes presentes na 77ª Assembleia Geral com direito de votar, teve lugar na quinta-feira, dia 09 de Junho corrente, em Nova Iorque, nos Estados Unidos de América.


Proferindo o seu discurso à nação, em Maputo, minutos após o anúncio dos resultados, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, afirmou que a eleição de Moçambique constitui um “importante marco que ficará indelével nos anais da nossa história como Estado independente e soberano”.

 

Para o Presidente Nyusi, a conquista coroa, com sucesso, uma das iniciativas mais importantes da nossa política externa, no momento em que se avizinham as celebrações dos 47 anos da nossa independência. “Trata-se de um facto inédito nos 47 anos do percurso da República de Moçambique como Nação, que atesta o prestígio e o bom nome que o nosso país vem construindo ao longo dos anos e vem granjeando no concerto das Nações” acrescentou.

 

Advertiu que a eleição de Moçambique coloca o país nos altos patamares da diplomacia internacional, aumentando a responsabilidade na defesa da paz e segurança mundias.
Em Nova Iorque, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Nataniel Macamo Dlhovo, que acompanhou a votação na Assembleia das Nações Unidas, assegurou que o país irá trabalhar à altura dessas responsabilidades e da confiança que a comunidade internacional depositou indiscutivelmente em Moçambique.

 

A Ministra Macamo revelou que constituem prioridades de Moçambique no Conselho de Segurança:
(i) o reforço do multilateralismo, do diálogo permanente e da resolução pacífica de conflitos como o mecanismo privilegiado para o alcance da paz duradoira e sustentável;

(ii) o combate às ameaças de segurança, incluindo terrorismo, o extremismo violento, a pirataria marítima, o tráfico de drogas e seres humanos e pandemias;

(iii) o fortalecimento da resposta global aos efeitos das mudanças climáticas;

(iv) impulsionamento da implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, no contexto da Década de Acção dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável;

(v) advogacia pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, alicerçada nos Consensos de Ezulwini e;

(vi) a promoção da equidade do género. (UCI)