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Presidente Filipe Nyusi na reunião virtual do Conselho de Paz e Segurança da União AfricanaPresidente Filipe Nyusi na reunião virtual do Conselho de Paz e Segurança da União AfricanaO Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, defendeu que a África precisa adoptar uma abordagem centrada na segurança humana para resolver a situação da emergência humanitária no continente, resultantes das ameaças de mudanças climáticas, catástrofes naturais e desastres decorrentes de factores humanos.


“Este quadro catastrófico, que conjuga factores climáticos e sociais, remete-nos a necessidade de uma reflexão profunda que conduza à uma nova abordagem conceptual e institucional integrada, centrada na dimensão de ‘segurança humana’ para a solução das emergências que enfrentamos” realçou o Presidente Nyusi, ao discursar, a partir de Maputo, na abertura da reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana(UA), na sexta-feira, dia 29 de Outubro do corrente ano.


No encontro, que decorreu em fomato virtual, o Chefe de Estado e Presidente do Conselho de Paz e Segurança da UA afirmou que o impacto das mudanças climáticas associado à tensões políticas, conflitos violentos, terrorismo, ameaçam a paz e segurança e constituem causas de deslocações forçadas de um número crescente de pessoas afectadas.


Por isso, enfatizou que abordagem de segurança humana, “a que nos propomos, impele-nos a atacar as camadas mais vulneráveis da população, principalmente com mulheres, crianças e idosos”.


Alertou, baseado num relatório das Nações Unidas, que a seca pode vir a ser a próxima pandemia, ameaçando desfazer ganhos de desenvolvimento e ressaltar para níveis mais altos de pobreza extrema, particularmente em África. “Entendemos, por isso que é tempo de enveredar por práticas energéticas e provoactivas no reforço da arquitetura de gestão de risco de desastres porque estes ameaçam a segurança humana, retardam o progresso e a nossa existência como continente”.


Para o Presidente Nyusi, a resposta africana às mudanças climáticas ainda não é eficaz, visto que o continente ainda suporta o maior peso dos efeitos desse fenómeno, apesar de contribuir menos na emissão de gases que afectam o clima. “Por isso, a gestão de redução de risco de desastres e a criação de resiliência climática constitui prioridade, o que passa pela coordenação de esforços a nível regional e continental e global na mobilização de recursos necessários”.


O Presidente da República reafirmou, igualmente, o compromiso de Moçambique continuar a associar-se aos esforços da região, do continente e globais no combate e mitigação da ameaça decorrente das mudanças climáticas.


Na sessão virtual, os governantes africanos concluiram que “teremos de continuar a trabalhar juntos para melhor enfrentar os riscos de desastres, cada vez mais complexos e interligados que assolam as nossas nações e comunidades” revelou o Presidente Nyusi. (UCI)