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No centro, o Presidente Filipe Nyusi, à esquerda a bandeira do Ruanda e à direita a bandeira da SADCNo centro, o Presidente Filipe Nyusi, à esquerda a bandeira do Ruanda e à direita a bandeira da SADCO Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, Nyusi confirmou, no passado dia 9 de Julho, a chegada do primeiro contingente de tropas e polícias do Ruanda para ajudar Moçambique no combate aos terroristas que operam na província norte de Cabo Delgado desde Outubro de 2017. Falando na cidade de Cabo Delgado, em Mueda, sede do teatro operacional norte das forças de defesa e segurança moçambicanas, revelou que "começaram a chegar hoje. Já estão aqui".

 

De acordo com um comunicado das autoridades de Kigali, o Ruanda enviará mil membros das forças armadas e da polícia ruandesas. O comunicado declarou que "o contingente ruandês apoiará os esforços para restaurar a autoridade estatal moçambicana, através da realização de operações de combate e segurança, bem como de estabilização e reforma do sector de segurança".

 

O Presidente Nyusi sublinhou que "foi a SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] que autorizou Moçambique a procurar apoio de outros amigos. Demorámos muito tempo a pensar, a organizar e a planear".

 

Na ocasião, o Chefe de Estado moçambicano anunciou também a chegada em breve do apoio militar proveniente dos países da SADC. “Falamos com a SADC e eles já estão prontos. Escreveram uma carta às Nações Unidas para dizer que a partir do dia 15 vão ajudar Moçambique”, explicou.

Sublinhou que os contingentes estrangeiros estarão sob o comando moçambicano, salientando que "vão trabalhar connosco, mas não dão ordens. Vão organizar-se e trabalhar com os nossos comandantes. A luta contra os grupos rebeldes será organizada por comandantes moçambicanos. Os nossos comandantes vão dividir o teatro em áreas para que não vão todos para o mesmo sítio".

 

"A defesa do país depende de nós", sublinhou o Presidente, acrescentando que Moçambique nunca se recusou a receber apoio militar de qualquer natureza, mas primeiro foi necessário criar as condições no país para receber esse apoio.


Reconheceu que a defesa de Moçambique é da exclusiva responsabilidade dos moçambicanos. “Os amigos podem ajudar, mas mais cedo ou mais tarde regressarão aos seus próprios países, cabendo aos moçambicanos garantir a segurança”.(UCI-AIM)