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Presidente Nyusi, o terceiro da primeira fila, da esquerda para à direita, na foto de família da reunião que ratificou a  Zona de Comércio Livre continental, em RuandaPresidente Nyusi, o terceiro da primeira fila, da esquerda para à direita, na foto de família da reunião que ratificou a Zona de Comércio Livre continental, em RuandaPor ocasião da celebração do Dia de África, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, emitiu, a 25 de Maio corrente, uma mensagem comemorativa, transcrita, em seguida, na íntegra.


“Sob o lema “Artes, Cultura e Património da Humanidade: Alavanca para a Construção da África que Queremos”, celebramos hoje, 25 de Maio, o Dia de África, instituído em 1972 pela Organização das Nações Unidas, para assinalar a criação da Organização da Unidade Africana (OUA) em 25 de Maio de 1963.


A celebração do 58º Aniversário da Fundação da Organização da Unidade Africana (OUA) e o 18º Ano da sua transformação em União Africana (UA), simboliza a mudança estratégica que se impunha para que a organização respondesse às dinâmicas do presente e do futuro, tendo como referência e fonte de inspiração o valioso legado dos fundadores que nos permitiu conquistar a independência política de muitos países como Moçambique.


O lema escolhido traduz, por seu turno, a importância da Cultura, das Artes e do Património para a materialização da Agenda 2063 da União Africana e conduz-nos à reflexão sobre o nosso passado de modo a valorizarmos as nossas conquistas e consolidarmos a unidade e dignidade africanas.
Esta celebração constitui, acima de tudo, uma ocasião para que todos os africanos e, em particular, o povo moçambicano, renovem o seu compromisso para com os ideais do pan-africanismo e com a Agenda 2063.


Infelizmente, enquanto celebramos esta efeméride, o mundo vê-se flagelado pelos efeitos da Pandemia da COVID-19, com impacto negativo sobre a actividade cultural, em virtude das restrições impostas pelos países no quadro das medidas de prevenção e contenção da sua propagação.
Manifesto, por isso, a minha admiração aos africanos que têm consentido sacrifícios face à Pandemia da COVID-19, primando pela preservação do maior bem que é a Vida. Ainda que o sector da cultura seja um dos mais afectados, temos visto com muito agrado os profissionais e fazedores das artes e cultura empenhados em campanhas de sensibilização contra a Pandemia.


Celebremos o Dia da África, fazendo uma introspecção profunda sobre o caminho percorrido, identificando os obstáculos para os remover e visualizar os passos subsequentes, mobilizando sinergias com vista ao aprofundamento do processo de integração.
É tempo de tirarmos maior proveito do enorme manancial cultural, património intelectual, artístico, quer nas letras, quer na música e artes visuais, ou culinária e entretenimento, pelo qual o nosso continente é reconhecido, colocando a cultura no seu devido lugar e a desempenhar o papel central na integração social do nosso continente.


Moçambique está a dar passos firmes neste desiderato e foi por isso que o Governo criou o Instituto Nacional das Indústrias Criativas, instituição através da qual pretendemos implementar políticas e desenvolver estratégias que estimulem cadeias de valor das artes e culturas e tornar os seus fazedores mais valorizados.


EXORTO, por isso, a todos os moçambicanos em solo pátrio e na diáspora a participar com entusiasmo e sentido de pertença, nas actividades alusivas a celebração do Dia da Fundação da OUA, actual UA, promovendo os ideais da Paz, Unidade, Solidariedade e Patriotismo, de forma a consolidar as conquistas alcançadas no desenvolvimento do país e do nosso Continente.


Feliz dia de África, a todos os africanos e, de modo particular, aos moçambicanos.
Viva o 58º Aniversário da UA!