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Presidente da República, Filipe Nyusy, no encontro que manteve com o Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, a margem da sexta edição da Conferência TICADPresidente da República, Filipe Nyusy, no encontro que manteve com o Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, a margem da sexta edição da Conferência TICADO Presidente da República, Filipe Nyusi, considera que a VI Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD VI), um evento que teve lugar este fim-de-semana na cidade de Nairobi, capital queniana, foi uma excelente oportunidade para fazer negócios e com muitos ganhos para Moçambique.

Em declarações à imprensa moçambicana na tarde de sábado, dia 27 de Agosto na capital queniana, o Presidente Nyusi comentou que “a TICAD foi uma grande oportunidade onde os países africanos se fizeram presentes em bom número para estabelecer parcerias e também um momento para dizer aquilo que os africanos precisam neste momento”.


O Chefe do Estado moçambicano vincou que aquela plataforma “não se trata de um fórum de doadores ou de doações, mas sim para discutir oportunidades de negócio com o Japão”. Ilustrou a afirmação com o pequeno almoço que teve, à margem da conferência, com o Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, durante o qual foi passada em revista a cooperação entre ambos os países.


Convite para visitar o Japão

Nesse encontro, Primeiro-ministro japonês, um dos co-organizadores do TICAD, fazia-se acompanhar por vários empresários com interesses em Moçambique. Segundo o estadista moçambicano, a TICAD foi também um momento para revisitar o relacionamento de Moçambique com o Japão, que manifestou claramente o desejo de continuar a trabalhar e cooperar com o país.

 

Na ocasião, Nyusi arrolou vários projectos em curso no país e que contam com o apoio das autoridades e empresas japonesas tais como o ProSavana, reabilitação e desenvolvimento do Corredor de Nacala, extracção de carvão em Tete, reabilitação e ampliação da linha férrea Moatize/Nacala, entre outros.

 

Explicou que durante a TICAD, teve conhecimento que a multinacional japonesa Sumitomo Corp também equaciona a possibilidade de construir uma central térmica com capacidade para a produção de 1200 Megawatts de electricidade em Moatize, província central de Tete. “Isso significa que os nossos encontros estão a surtir efeitos”, sublinhou.
Este e outros desenvolvimentos levaram o Presidente da República a afirmar que, de um modo geral, África e Moçambique atingiram os seus objectivos, um dos quais era desencorajar a exportação de matérias-primas que podem ser processadas no continente.


O Presidente Nyusi revelou também que o Primeiro-ministro voltou a convidá-lo a visitar o seu país, no primeiro trimestre de 2017, algo que já está a criar muita expectativa no seio das empresas daquele país asiático. Por isso, aproveitou para advertir aos empresários nacionais para que se preparem com a devida antecedência para aproveitarem as oportunidades que o Japão tem para oferecer. “Isso é extremamente importante. Por isso, vamos nos engajar na preparação desta visita que é muito esperada, e que não foi possível fazer antes devido a imperativos da agenda nacional”, disse.


A conferência de Nairobi decorreu sob o lema “Avançando com Agenda Africana de Desenvolvimento Sustentável em África - Parceria TICAD para a Prosperidade”. Esta é a primeira vez que um país africano acolhe um evento desta natureza, desde o seu lançamento em 1993. Segundo as autoridades quenianas, participaram no evento mais de 10 mil delegados, dos quais quatro mil japoneses, que se traduziu numa receita superior a 100 milhões de dólares. (AIM)