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O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, assegurou que os problemas africanos, devem e podem ter soluções africanas, ao proferir o discurso de abertura da na reunião de avaliação do Exercício AMANI África II, ocorrida na segunda-feira, dia 04 de Abril corrente, em Maputo.
“Em Lohatla dissemos ao mundo inteiro que o nosso continente é capaz e está pronto! Demos, mais uma vez e inequivocamente, prova de que os problemas africanos devem e podem ter soluções africanas” disse o Ministro Oldemiro Baloi, dirigindo-se ao Comissário para segurança e paz da União Africana, Smail Chergui, e a 200 quadros séniores desta organização continental.

Referindo-se ao Exercício Amani, que decorreu simultaneamente em Adis Abeba, Etiópia, e Lohatla, África do Sul, de Outubro à Novembro de 2015, o governante moçambicano avaliou positivamente o evento que reuniu militares do continente africano. “Confirmamos que, apesar dos desafios diversos e complexos, o continente possui a capacidade necessária para autorizar, planear, desdobrar, dirigir, gerir, manter e retirar missões multidimensionais dos Capacetes Verdes”.

O responsável pela pasta da diplomacia realçou a necessidade de se “arregaçar as mangas” de modo a ultrapassar os desafios identificados no exercício, tais como as disparidades na capacidade militar em vários Estados africanos, bem como nas comunidades económicas e mecanismos regionais.

Esclareceu que o reforço da capacidade de intervenção colectiva do continente não é uma rejeição da assistência da comunidade internacional, particularmente das Nações Unidas. Enfatizou que “trata-se, sim, de assegurar que o continente possa contribuir de uma maneira activa e substantiva para a erradicação dos conflitos em África e para a promoção de um clima de paz e segurança, em conformidade com o previsto na Carta das Nações Unidas e no Acto Constitutivo da União Africana”.

A reunião de avaliação do Exercício AMANI África II decorreu de 04 a 08 de Abril em curso, em cumprimento de uma decisão dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, com vista a acelerar o processo de criação de capacidades africanas para a solução dos problemas de paz e segurança no continente. (UCI)