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Ministra Verónica Macamo na reunião ministerial do TICAD em videoconferência“Gostaria de reiterar que Moçambique defende a solução pacífica de conflitos, uma solução centrada no diálogo constructivo, que tem em vista acabar com a morte e o sofrimento das pessoas causados pela guerra“, afirmou a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Nataniel Macamo Dlhovo, ao discursar na tarde de domingo, dia 27 de Março corrente, na reunião ministerial da Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD), que decorre desde sábado, em formato virtual, a partir de Tóquio, capital do Japão.

Realçou que “ consideramos que abordar as questões da paz e segurança e a luta contra o terrorismo neste fórum é reconhecer a relevância da necessidade do reforço da colaboração e cooperação para a busca de soluções robustas para a erradicarmos as ameaças à paz e estabilidade no mundo e, particularmente, em África”.

Reiterou a “esperança “ de conjugação de mais esforços e sinergias na TICAD, na busca de soluções para ultrapassar desafios associados “à consolidação da paz e segurança, ao combate à pobreza, à promoção do desenvolvimento económico e social e à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”.

Na perspectiva da Ministra Macamo, a solução desses desafios contempla a (i) “priorização de investimento no capital humano”, a (ii) “capacitação institucional”, a (iii) “promoção da transferência de tecnologias amigáveis ao meio ambiente que possibiletem maior empregabilidade da juventude” e a (iv) “promoção de investimento empresarial virado à sustentabilidade económica dos países africanos”.

Discursando no decurso de debates do painel sobre paz, estabilidade e segurança da TICAD, a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação identificou o terrorismo e o extremismo violento como sendo duas das “maiores ameaças no mundo moderno”.

“Os terroristas”, enfatizou, “recorrem à métodos sofisticados e à radicalização, matam pessoas inocentes e destroem infraestruturas económicas e sociais, fomentam tensões étnicas e religiosas, e provocam crises humanitárias”.

Explicou que “Moçambique, como vítima do terrorismo, considera urgente erradicar este fenómeno. Neste contexto, propomos que o seu combate seja uma das prioridades da parceria que o TICAD pretende estabelecer”.
Salientou que “a pandemia da Covid’-19 constitui uma ameaça à vida das pessoas e os seus efeitos têm impacto na segurança da humanidade e na qualidade de vida dos nossos povos”, de tal modo que urge “elevar os níveis de vacinação da população no nosso continente africano”.

Reiterou a confiança de que, no combate à pandemia da COVID-19, o Japão, no âmbito da TICAD, “continuará a desempenhar um papel de liderança no fortalecimento da cooperação na área da saúde, tanto a curto prazo através do programa de vacinação, como a médio e longo prazos, através da criação de condições para a produção de medicamentos, especialmente vacinas contra a Covid-19”.

No encontro virtual de dois dias, que iniciou sábado, os ministros dos negócios estrangeiros africanos e japonês estão a avaliar o estágio de implementação das acções acordadas na cimeira da TICAD 7, que teve lugar em 2019 e preparar a cimeira da TICAD 8, que terá lugar em Agosto de 2022, na Tunísia.

A Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano é um fórum criado pelo Japão em 1993, que reune regularmente com os países africanos, com o objectivo de promover o diálogo político de alto nível entre líderes africanos e parceiros de desenvolvimento. (UCI)