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 Henrique Botequilha, Delegado da Agência de Informação Lusa em Moçambique Henrique Botequilha, Delegado da Agência de Informação Lusa em MoçambiqueA Agência Lusa admite ter cometido erros no tratamento da informação, dando conta da existência de uma vala comum na zona de Canda, no distrito de Gorongosa, em Sofala.

A Lusa também afirma que a fotografia usada para ilustrar a alegada existência de uma vala comum, com cento e vinte corpos, é falsa e que os outros órgãos de comunicação social, com maior destaque para os estrangeiros, se apoiaram do conteúdo publicado pela agência, para desinformar os seus leitores.


Segundo Henrique Botequilha, delegado da Lusa em Moçambique, o incumprimento de princípios elementares do jornalismo deveu-se aos constrangimentos que o repórter do órgão teve para aceder ao local, onde os camponeses alegaram existir uma vala comum.

Henrique Botequilha teceu estas considerações, na sexta-feira, dia 27 de Maio, durante uma audição com a Comissão Parlamentar moçambicana dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, a fim de esclarecer sobre as vias pelas quais obteve a informação da existência de uma vala comum, com cento e vinte corpos.

Botequilha disse, igualmente, que o repórter teria tentado, várias vezes, deslocar-se ao local apontado pelos camponeses, mas que foi impossível aceder a zona, devido às hostilidades militares entre a Renamo e a polícia governamental moçambicana.

Quanto às imagens, falsas, publicadas, dando conta da existência de uma vala comum com cento e vinte corpos, o delegado da Lusa sublinhou que tratou-se de um equívoco.

O Presidente da Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, Edson Macuácua, disse que a audição serviu para clarificar e dar pistas sobre o assunto, em investigação.

Quanto a alegada correcção da falsa fotografia publicada pelos órgãos de comunicação, dando conta da existência de uma vala comum com cento e vinte corpos, em Canda, Macuácua, disse que o assunto será discutido a posterior.

Decorrem, desde segunda-feira, em Sofala as investigações levadas a cabo pela referida primeira Comissão Parlamentar. (Rádio Moçambique)