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Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, ao discursar no Fórum MacauPrimeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, ao discursar no Fórum MacauO Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, considera que o Fórum China-Países da Língua Portuguesa (Fórum Macau) é um mecanismo complementar de cooperação bilateral, que tem contribuído para elevar, consolidar e dinamizar as relações ao nível governamental, empresarial e comercial, através da operacionalização dos planos de acção adoptados nas anteriores conferências.


Ao discursar na segunda-feira, dia 11 de Outubro corrente, em Macau, perante centenas de participantes, incluindo os homólogos da China (Li Keqiang), Portugal (António Costa), Guine-Bissau (Baciro Djá) e Cabo-Verde (José Correia e Silva), o Primeiro-Ministro afirmou ser crucial a contribuição activa do sector empresarial neste processo. “Os resultados alcançados no Fórum Macau encorajam-nos a continuar a focalizar as intervenções nas áreas que contribuem para o desenvolvimento económico dos nossos países, sendo deveras crucial a contribuição activa do sector empresarial neste processo”, sublinhou.


Para o Governante moçambicano, o plano de acção está alinhado com as actividades previstas no memorando de cooperação entre o gigante asiático e os países de língua portuguesa sobre a capacidade produtiva. Realçou também que estes instrumentos introduzem um novo paradigma de cooperação centrado no alargamento da base e capacidade produtiva dos países, o que vai de encontro com a visão do Governo moçambicano de melhorar as condições de vida da população.


Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário cumprimenta seu homólogo Li KequiangPrimeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário cumprimenta seu homólogo Li KequiangO Primeiro-Ministro revelou no final de um encontro, na segunda-feira, com o seu homólogo chinês, Li Keqiang, à margem do fórum, que a China está preparada para avançar, rapidamente, com a operacionalização dos acordos firmados com Moçambique durante a visita de Estado que o Presidente da República, Filipe Nyusi, efectuou àquele país, em Maio deste ano.


Acrescentou que, no encontro, ficou evidente o desejo da China ajudar Moçambique a aumentar a sua capacidade produtiva através de investimentos em áreas prioritárias como agricultura, infra-estruturas, energia e indústria. “Tivemos uma excelente reunião com o Primeiro-Ministro chinês. As perspectivas de cooperação são fortes, como sabem viemos operacionalizar os acordos firmados durante a visita que o Presidente Filipe Nyusi efectuou à China”.


O Primeiro-Ministro Do Rosário frisou que as partes acordaram “várias formas de se arrancar muito rapidamente possível” com os entendimentos já alcançados, confirmando depois a existência de um novo leque de projectos que, segundo sublinhou, “tornarão a cooperação cada vez mais forte”.


O momento marcante do 5º Fórum Macau foi quando o Primeiro-Ministro Chinês, Li Kequiang, anunciou que a China perdou a dívida no valor equivalente a 74 milhões de dólares dos países de língua portuguesa. Na mesma sessão, anunciou igualmente que vai fornecer empréstimos consessionais no valor não inferior a 300 milhões de dólares para projectos prioritários dos governos desses países e apresentou, para os próximos três anos, as 18 medidas que vão entrar em acção numa conjugação de esforços e vontades entre a China e os Países de Língua Portuguesa, nas áreas de indústria, mercados, empréstimos de donativos, saúde, áreas sociais, educação, cultura, formação, marítima e mais.

Na sua deslocação à Macau, o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário fez-se acompanhar pelo Ministro dos Transportes e Comunicação, Carlos Mesquita e pela Vice-Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Nyeleti Mondlane.