Agri

Presidente da República, Filipe Nyusi, na Cimeira da União Africana em Kigali, ao lado do Presidente da Namibia, Hage Geingob, a sua trás o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi e o Embaixador de Moçambique na Etiópia, Manuel Gonçalves.Presidente da República, Filipe Nyusi, na Cimeira da União Africana em Kigali, ao lado do Presidente da Namibia, Hage Geingob, a sua trás o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi e o Embaixador de Moçambique na Etiópia, Manuel Gonçalves.O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, recebeu em Kigali, Ruanda, o primeiro passaporte da União Africana (UA), também atribuído aos outros Chefes de Estado e de Governo africanos, durante a 27ª cimeira daquela organização continental, que decorreu na capital ruandesa nos dias 17 e 18 de Julho corrente.

“Decidiu-se atribuir também o passaporte aos 54 chefes da diplomacia africana” disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, um dos receptores do novo passaporte.

 

A cimeira, que neste ano decorreu sob o lema “2016: Ano Africano dos Direitos Humanos, com particular destaque para os Direitos da Mulher”, foi marcada pelas celebrações do 35º aniversário da adopção da Carta Africana e o do 13º aniversário do Protocolo de Maputo, que reafirma o compromisso com a igualdade de género no continente.

Constituiu também assunto importante do evento de Kigali, as eleições dos membros dos órgão da União Africana, designadamente o Presidente da Comissão, o Vice-Presidente da Comissão, oito comissários, bem como de quatro juízes do Tribunal Africano dos Direitos Humanos e dos Povos. 

A eleição dos três candidatos à presidencia da comissão, nomeadamente Pelonomi Verson-Maitoi, do Botswana, Wandira S. Kazibwe, do Uganda, e Agapito Mba Mokuy, da Guiné Equatorial, foi inconclusiva. “Não conseguiram o voto suficiente”, revelou o Chefe de Estado, em declarações à imprensa. “A candidata do Botswana, a candidata da África Austral, ficou bem posicionada. Obteve 23 votos, o que não foi suficiente para se fazer eleger”, acrescentou.

De acordo com o Presidente Nyusi, Moçambique levou à cimeira três objectivos, nomeadamente a dinamização da integração continental, a consolidação das relações de amizade e a promoção das parcerias para o desenvolvimento.

Os Chefes de Estado e de Governo presentes na cimeira também analisaram questões estratégicas, tais como a situação política e de segurança prevalecente em África, a integração no continente e a reforma das Nações Unidas. Uma das sessões da cimeira esteve centrada na situação de conflitos no continente, com destaque para as crises no sul do Sudão, Burundi, República Democrática do Congo, Somália e Guiné Bissau. (UCI)